O DISCIPULADO NO MODELO DE CRISTO
O DISCIPULADO NO MODELO DE CRISTO
UM DISCIPULADO COM A VISÃO DE CRISTO
Em seu livro transformando a Visão em Ação, George Barna faz a seguinte comparação de um ministério eclesiástico sem visão:
Um ministério sem visão é como...
· Uma lanterna sem pilha: disponível, mas ineficaz;
· Um casamento sem noiva: falta o elemento essencial;
· Um carro sem combustível: inútil para transporte;
· Uma sinfonia sem partitura: uma porção de talentos, mas sem nenhuma direção;
Discipulado no modelo de Cristo. Mas o que vem a ser uma igreja no Modelo de Cristo? Quais são seus propósitos e objetivos? O que caracteriza uma igreja com grupos pequenos de discipulados? Como funciona uma igreja com grupos de discipulado?
O QUE É DISCIPULADO?
Veja o conceito de discipulado dado por Keith Philips:
“o discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros a ensinarem a outros”.
Um estudo cuidadoso do ensino e da vida de Cristo revela que o discípulo possui dois componentes essenciais: morte de si mesmo e reprodução. São essas as notas tônicas de todo o ministério de Jesus. Ele morreu para que pudesse reproduzir em a vida. E ele requer que cada um de seus discípulos siga o exemplo.
Morte de si mesmo
O chamado de Cristo para o discipulado é um chamado para a morte do eu, uma entrega absoluta a Deus.
Visto sob a perspectiva do mundo, a franqueza de Cristo em chamar as pessoas para segui-lo parece ser exagerada. Hoje, se alguém quisesse “vender” a idéia de um estilo de vida tão exigente, de uma entrega total, provavelmente contrataria a firma mais sofisticada de publicidade para descrever, detalhadamente, num folheto ilustrado com lindas fotografias, os benefícios de tal decisão.
Mas Jesus é honesto e direto. Para compartilhar de sua gloria, primeiro a pessoa terá de compartilhar de sua morte.
Qualquer pessoa que não tenha experimentado a morte do “eu” não pode se qualificar como elo legitimo no processo de discipulado porque é incapaz de reproduzir ( Jo 12.24 ).
O caráter do discípulo
“Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos”. (João 8.31)
O caráter cristão consiste na união de qualidades mentais e morais que o capacitam a “andar de modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e gloria” (1 Ts 2.12); exige o fruto do (Gl 5.22,23).
“Um discípulo é alguém que crê em tudo que Cristo disse e faz e tudo que Cristo manda”. É importante entender que, no contexto do NT, não existe alguém que seja convertido e não seja discípulo.
Convertido, salvo e discípulo são todos termos que se referem a uma mesma pessoa, sendo que cada um deles salienta um aspecto diferente da vida ou experiência da pessoa.
Ø Salvo é o liberto do pecado e da condenação;
Ø Convertido é o transformado na mente e nas atitudes;
Ø Discípulos é o seguidor, praticante do ensino do mestre, submisso e multiplicador.
A visão DO DISCIPULADO no modelo de cristo
A Igreja no Modelo de Cristo tem uma visão. A visão é descobrir a capacidade de discipular de cada indivíduo, dentro dos princípios sagrados dos ensinos de Cristo.
A Igreja no Modelo de Cristo se estabelece em pequenos grupos de discipulado nas casas, ou num lugar que seja favorável para reunião de indivíduos que estejam desejosos em conhecer mais as doutrina bíblica, com o alvo de tornar cada casa, uma extensão da “igreja” e fazer de cada crente um discipulador e multiplicador do Evangelho do Senhor Jesus.
A missão é de restaurar o governo de Cristo na Igreja, que ultimamente parece mais o governo do homem. Restaurar a liderança e a autoridade espiritual dos verdadeiramente lideres chamados por Deus.
A Igreja no Modelo de Cristo ( IMC ) é um paradigma restaurador de princípios e conceitos, pois antes de alguém ser governo precisa ser Modelo. Esta é a proposta da IMC: fazer de cada indivíduo um modelo para sua vida pessoal, familiar, social, e coletiva.
A proposta é restaurar o governo pelo Modelo, pois existem muitos modelos sem governo, e o mais grave: muitos governos sem ser modelo, nem para si, nem para sua família, equipe e sociedade. Se não cuidam da sua própria vida, como poderão dar orientações para as vidas de outros?
Portanto, antes de governar, seja governável; antes de exigir mudanças nos outros, mude primeiro. Não podemos exigir das pessoas aquilo que nem fazemos conosco mesmo.
Características PRINCIPAIS do DISCIPULADO (IMC) FRUTIFICAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO
“Os justos florescerão como a palmeira, crescerão com o cedro no Líbano
( Salmo 92 . 12 )
Florescer é distinto de crescer.
1. O Modelo de Cristo é frutífero.
A igreja no Modelo de Cristo deve ser confrontada: onde estão os frutos? Todos devem ficar impactados e fazer uma aliança de levar visitantes para as reuniões de discipulado.
Não somos “visão arvore de natal”, ou seja , apenas decorativa. Somos frutíferos. Na avaliação de Jesus, nosso eterno mestre, o que interessa é o fruto permanente, pois todos seremos observados pelo fruto ( Jo 15.1-3, 16; Mt 12.33; Jr 17.7-10 ).
Nem Jesus suporta uma vida infrutífera. Quando virmos alguém criticando um ministério, a primeira coisa que temos a fazer é perguntar: onde estão seus frutos? Pelo fruto , a arvore é conhecida ( Mt 12.33 ). Não existem desculpas para ser infrutífero, pois nenhuma dificuldade nos impede de frutificar ( Lc 13.6-9 ).
Se estamos em Cristo automaticamente daremos frutos.
Onde você estiver plantado, de o seu fruto.
A frutificação é uma das principais marcas do nosso envolvimento com o Reino de Deus. o ministério que não dá frutos esta morto. Mas há esperança para aqueles que são infrutíferos. Creia que você é uma arvore frutífera e o Senhor confirmará as obras das suas mãos
Sl 90.17 Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos.
“Se sua visão é para um ano, plante trigo.
Se sua visão é para uma década, plante arvores.
Se sua visão é para toda a vida, plante pessoas”.
- Reprodução
“todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que da fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda” (João 15.2 ).
Jesus ordenou que seus discípulos reproduzissem em outros a plenitude de vida que encontraram nele ( Jo 15.8 ). Um discípulo maduro tem de ensinar a outros crentes como viver uma vida que agrade a Deus, equipando-os a treinar outros para que ensinem a outros.
Jesus poderia ter escolhido qualquer método que quisesse para espalhar o Evangelho e edificar o seu reino. Mas Ele optou pelo discipulado. Ele treinou pessoalmente um pequeno grupo de homens e os equipou para que treinassem outros que pudessem ensinar a outros. Não resta dúvida que a comissão mais clara no N.T., é a ordem de reproduzir em outros o caráter de Cristo.
O apóstolo Paulo revela o significado de ter filhos espiritualmente saudáveis. Paulo sabia que não bastava simplesmente conduzir uma pessoa a Cristo. Ele considerava vão o seu trabalho se seus filhos espirituais não se tornassem discípulos maduros ( Fp 2.16; 1c Ts 3.5; Gl 4.11 ).
Examine agora! Existe uma pessoa andando hoje com Deus e investindo noutros a plenitude de vida que tem em Cristo com resultado de seu ministério?
Um homem? Uma mulher? Um jovem? Um adolescente? Se a resposta for não, você não tem dado fruto. Se a sua resposta for sim, então parabéns.
Saiba que não é simplesmente freqüentar uma igreja, cantar no ministério de louvor, ser diácono, presbítero ou pastor. Essas atividades são recomendáveis e interessantes, mas não chegam a cumprir o seu alto chamado de fazer discípulos.
O discípulo eficaz não pode ser separado da reprodução espiritual aliada a uma paternidade responsável. O novo convertido é um “bebê na fé”. Os bebês não podem cuidar de si mesmos nem alimentar-se; tem de ser vigiados dia e noite ate que tenham idade para sobreviver sozinhos.
O pai espiritual ( pai na fé ), como pai biológico, é responsável perante Deus pelo cuidado e pela alimentação do seu filho. Paulo sabia que era pai espiritual dos corintios : “pois eu, pelo evangelho , vos gerei em Cristo Jesus “ ( 1 Co 4.15) . Ele chamou os gálatas de “meus filhos” ( Gl 4.19 ). E a Timoteo, escreveu: “verdadeiro filho na fé”( 1 Tm 1.2 ). Paulo rogou em favor de Onésimo, dizendo: “meu filho que gerei entre algemas “ ( Filemom v. 10 ).
A pessoa que faz discípulos sabe que a responsabilidade continua ate que seu discípulo chegue a maturidade espiritual, a capacidade de reproduzir. Discipulado é reprodução de qualidade que assegura que o processo de multiplicação espiritual continua de geração a geração.
Paulo deixa subentendido que a relação da pessoa que faz discípulos com seu discípulos estende-se através de quatro gerações: “E o que da minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fieis e também idôneos para instruir a outros” ( 2 Timóteo 2.2 ).
Fazer discípulos não é com aquilo que você sabe, mas com Aquele a quem você conhece. Se você morreu para si mesmo, então Cristo reproduzira a sua vida por seu intermédio.
Deus nos fará responsáveis pela alimentação dos novos crentes sobre os quais nos foi posto como discipulador (At 20.28 ). Nós devemos dedicar nossas energias em conduzir os novos discípulos a reprodução. Faça o compromisso, pela fé, de obedecer à ordem de Cristo de fazer discípulos que reproduzirão outros discípulos. Então, comece hoje com uma pessoa.
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