“Oh, céus, oh vida, oh azar” - A vida me aplicou esta peça!



A vida tem dessas coisas!

A vida me aplicou esta peça!

A vida é assim mesmo!

Vamos pensar um pouco sobre essas afirmações?

 

As afirmações acima  no senso comum virou letras de músicas, inspiração para poetas e até tema de livros.

Nestas frases a “vida” parece ser algo ou coisa que tem personalidade própria, ela decide como vai ser seu dia ou sua história.

 

Existem as catástrofes naturais que também muitas delas têm a participação humana, como por exemplo: o aquecimento global que causa tantas tragédias; uma casa em uma encosta que cai em meio uma tempestade; enchentes nas ruas que causam doenças e até morte, resultados do excesso de lixo nos bueiros; um acidente de carro que morre toda uma família e  o motorista estava correndo  140kh em uma estrada que só permite 80kh.

 

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Charles Chaplin

 

Mesmo sendo um admirador de Charles Chaplin não  concordo que a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.

 

Lembro-me de ter visitado um presidiário (crime de atentado ao pudor), chorando no final da visita ele disse: “Agora tenho que ficar um bom tempo aqui. Fazer o quê! É a vida”. Sua argumentação é como uma justificativa psicológica; não tenho tanta culpa assim, são coisas da vida. Que vida?

 

Acredito que a vida sem contar o plano teológico e filosófico da existência é uma sequência de ações e comportamentos que vão se amontoando ao longo de nossa história. Não podemos tratar a vida como um ser independente de nós com personalidade própria que não temos controle. Talvez o senso comum não dê conta das questões de herança familiar, cultural e histórica da vida de cada um em particular.

 

Já dizia Aristóteles que nós somos aquilo que fazemos repetidamente. O que fazemos repetidamente chamamos de hábito e as nossas ações são resultados de nossos hábitos. O que pensamos; o que lemos; o vemos e com quem nos relacionamos, tudo isso determina como é ou como será nossa vida.

 

A famosa frase de Johann Goethe pode elucidar muitas coisas sobre a vida que queremos: “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar”.

Um grande pensador e um dos maiores apóstolo do Cristianismo escreve uma carta para os Filipenses e diz: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (ou nisto ocupe a vossa mente).

 

Numa visão mais existencialista, nossa vida é resultado (com raríssimas exceções) de nossas atitudes e escolhas diárias.  

Todos os dias acrescentamos em nossa vida um fio de aço quase invisível; podemos chamá-lo de atitudes. Nossas atitudes vem de nossas crenças e muitas dalas são limitantes o suficiente para travar a vida de qualquer um.

 

“O início de um hábito é como um fio invisível, mas a cada vez que o repetimos o ato reforça o fio, acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo, e nos prende de forma irremediável, no pensamento e ação”. Orison Swett Marden.

 

O psicólogo Daniel Goleman, em seu livro "Inteligência Emocional"  traz o conceito da inteligência emocional como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações conflitantes no  trabalho, na família é resultado de não sabermos lidar com nossas emoções. Desta forma, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter sucesso em várias áreas na vida.

 

Concluído esta breve reflexão, entendemos que não podemos ser fatalistas. O nosso Criador nos capacitou de uma inteligência que nenhum outro ser vivo tem; a consciência. Deus poderia ter impedido Caim de ter matado seu irmão Abel? Qual foi a intervenção Divina? Deus ficou de braços cruzados só assistindo do camarote celestial a miserabilidade humana? Não! Deus disse a Caim que controlasse suas emoções! Mas Caim fez sua própria escolha. Todos nós somos responsáveis por nossas escolhas.

A vida tem dessas coisas! Que coisas? Decisões e escolhas!

 

“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.  Deuteronômio 30:19

 

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Elson Medeiros

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