A vida tem dessas coisas!
A vida me aplicou esta peça!
A vida é assim mesma!
Vamos pensar um pouco sobre
essas afirmações?
As afirmações acima virou letras de músicas, inspiração para poetas e temas de
livros.
Nessas frases a “vida” parece
ser algo ou coisa que tem personalidade própria, ela decide como vai ser seu
dia ou sua história.
Existem as catástrofes
naturais que muitas delas têm a participação humana, como por exemplo: o
aquecimento global que causa tantas tragédias; um acidente de carro que morre
toda uma família, o motorista estava correndo a 140kh em uma estrada que só
permite 80kh.
Quando falamos sobre a vida,
muitas vezes usamos expressões automáticas que refletem nossas crenças
profundas — mas nem sempre percebemos como essas frases impactam nossos
sentimentos, comportamentos e resultados.
Essas frases geralmente são usadas
diante de situações inesperadas, especialmente quando algo dá errado. Mas
também ela carrega uma estrutura de linguagem generalizadora — sugere que a
vida é cheia de eventos imprevisíveis e que não temos controle sobre eles. Assim
pode gerar um sentimento de passividade, como se estivéssemos sujeitos aos
caprichos da vida, sem poder influenciar o que acontece.
1. “A vida tem dessas coisas!”
• Podemos reformular essa
percepção, trazendo mais responsabilidade pessoal: “Essas situações acontecem,
mas como posso aprender ou agir diante disso?” Essa mudança de linguagem coloca
o foco nas nossas escolhas e respostas.
2.
“A vida me aplicou esta peça!”
Aqui vemos um uso da
personificação — a vida é tratada como um agente ativo, quase como alguém que
nos prega peças ou cria dificuldades. Esse tipo de construção pode nos colocar
no papel de vítimas, sugerindo que somos alvos de forças externas.
• Esse pensamento pode
alimentar uma sensação de injustiça ou impotência, enfraquecendo nossa
capacidade de reação.
• Reinterpretação: Em vez de
ver a vida como alguém que age contra nós, podemos perguntar: “O que essa
situação está me ensinando?” ou “Como posso transformar esse desafio em
crescimento?” Assim, saímos do papel de vítimas e assumimos uma postura ativa.
“A vida é assim mesma!”
Essa frase expressa uma crença
limitante — a ideia de que certas situações ou dificuldades fazem parte da vida
e não podem ser mudadas. Esse tipo de generalização pode nos levar à
conformidade, bloqueando novas possibilidades.
• Reduz a motivação para
mudança e inovação, reforçando padrões de acomodação.
• Reinterpretação: Podemos
desafiar essa crença, perguntando: “A vida sempre precisa ser assim?” ou “Que
pequenas mudanças eu posso fazer para transformar essa realidade?” Ao
questionar, criamos espaço para novas alternativas.
Lembro-me de ter visitado um
presidiário (crime de atentado ao pudor), chorando no final da visita ele
disse: “Agora tenho que ficar um bom tempo aqui. Fazer o quê! É a vida”. Sua
argumentação é como uma justificativa psicológica; não tenho tanta culpa assim,
são coisas da vida. Que vida?
Acredito que a vida sem contar
o plano teológico e filosófico da existência é uma sequência de ações e
comportamentos que vão se amontoando ao longo de nossa história. Não podemos
tratar a vida como um ser independente de nós com personalidade própria que não
temos controle. Talvez o senso comum não dê conta das questões de herança
familiar, cultural e história da vida de cada um em particular.
Já dizia Aristóteles que nós
somos aquilo que fazemos repetidamente. O que fazemos repetidamente é chamado
de hábito e as nossas ações são resultados de nossos hábitos. O que pensamos; o
que lemos; o vemos e com quem nos relacionamos, tudo isso determina como é ou
como será nossa vida.
A famosa frase de Johann
Goethe pode elucidar muitas coisas sobre a vida que queremos: “Diz-me
com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu com que te ocupas e saberei também
no que te poderás tornar”.
Um grande pensador e um dos
maiores apóstolo do Cristianismo escreve uma carta para os Filipenses e diz:
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que
é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e
se há algum louvor, nisso pensai”. (ou nisto ocupe a vossa mente).
Numa visão mais
existencialista, nossa vida é resultado (com raríssimas exceções) de nossas
atitudes e escolhas diárias.
Todos os dias acrescentamos em
nossa vida um fio de aço quase invisível; podemos chamá-lo de atitudes. Nossas
atitudes vem de nossas crenças e muitas dalas são limitantes o suficiente para
travar a vida de qualquer um.
“O início de um hábito é como
um fio invisível, mas a cada vez que o repetimos o ato reforça o fio,
acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo, e nos prende
de forma irremediável, no pensamento e ação”. Orison Swett
Marden.
O psicólogo Daniel Goleman, em
seu livro "Inteligência Emocional” traz o conceito da inteligência
emocional como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A
maioria das situações conflitantes no trabalho, na família é por não sabermos
lidar com nossas emoções. Desta forma, pessoas com boa qualidade de
relacionamentos, como amabilidade, compreensão, gentileza e empatia têm mais
chances de obter sucesso em várias áreas na vida.
Concluído essa breve reflexão,
entendemos que não podemos ser fatalistas. O nosso Criador nos capacitou de uma
inteligência que nenhum outro ser vivo tem; a consciência. Deus poderia ter
impedido Caim de ter matado seu irmão Abel? Qual foi a intervenção Divina? Deus
ficou de braços cruzados só assistindo de camarote celestial a miserabilidade
humana? Não! Deus disse a Caim que controlasse suas emoções! Mas Caim fez suas
próprias escolhas. Todos nós somos responsáveis por nossas escolhas.
A vida tem dessas coisas! Que
coisas? Decisões e escolhas!
“Os céus e a terra tomo hoje
por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção
e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Deuteronômio
30:19
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